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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Possui Graduação em Educação Física pela Universidade Luterana do Brasil (2004), Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/EsEF-2010) e Acreditação Internacional como Antropometrista - Instrutor Nível III - concedida pela International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK). É membro da International Society for the Advancement of Kinanthropometry e revisor do periódico científico International Journal of Sports Medicine. Atualmente, Paulo Sehl é doutorando em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/EsEF-2012). Sua principal linha de pesquisa envolve respostas termorregulatórias e da sudorese (volume e composição eletrolítica) durante exercício no calor, principalmente em crianças e adolescentes, incluindo obesos.Tem experiência em Ciências da Saúde; com atuação, principalmente, nos seguintes temas: Atividade física e Prevenção de Doenças; Exercício Físico em Pediatria, Exercício no Calor e hidratação; Obesidade e Síndrome Metabólica; Treinamento Físico Personalizado, Treinamento Funcional e Cineantropometria. CV: http://lattes.cnpq.br/9518222948288938

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pular corda: Uma alternativa para  aumentar o gasto energético diário e melhorar o nível de aptidão física
Embora a origem dessa prática não seja clara, a história relata que egípcios (1600 a.C) já utilizavam bambus e cipós encontrados na selva para praticar o que hoje chamamos de “pular corda”. Na década de 40, “pular corda” se tornou uma brincadeira entre crianças – uma estratégia divertida, lúdica, de custo baixo e acessível a todos. Em meados de 1970, o interesse para aquisição de aptidão física e saúde se espalhou entre adultos e se popularizou principalmente no meio esportivo, em modalidades como boxe e tênis – nas quais a agilidade, a coordenação motora e a resistência de membros inferiores são fatores importantes.
Atualmente, “pular corda” é uma modalidade esportiva (organizada e competitiva), conhecida como Jump rope (inglês americano) ou skipping rope (inglês britânico), com diferentes técnicas e variações. A prática se popularizou em sessões de treinamentos esportivos, principalmente nas lutas, e vem conquistando um amplo espaço na indústria do Fitnesscomo uma modalidade de característica predominantemente aeróbica que pode ser realizada em diferentes situações dentro de uma sessão de treino (ex: aquecimento, agilidade, resistência...). Isso tem sido comumente agregado em aulas de Treinamento Funcional: um método de treinamento que visa a integração de diversas capacidades físicas em benefício da saúde e do desempenho. 
“Pular corda” é uma atividade divertida, que integra movimentos (membros superiores vs. inferiores) e impõe desafios que progridem do simples ao complexo. Além disso, pode ser um excelente exercício para o sistema  cardiovascular e para prevenção de algumas doenças.  


Lembre-se: pular corda pode ser mais cansativo do que pedalar ou correr; portanto sua prática deve levar em consideração cautela e orientação profissional. Para que o exercício seja realizado prolongadamente é necessário um excelente nível de aptidão física, específico para essa modalidade. Portanto, inicie sempre com períodos curtos (~30-60 segundos) e mantenha intervalos apropriados para uma boa recuperação entre as séries; isso evitará lesões e o consequente abandono da modalidade. 


Importante: Em casos de excesso de peso (obesidade), lesões músculo-esqueléticas e outras restrições de saúde, a atividade deverá ser contra-indicada ou limitada. Para tanto, procure um profissional da Educação Física para guiá-lo quanto às melhores modalidades de exercícios e/ou quanto à possibilidade de adicionar a corda em algum momento do programa de treinamento.

Fica aí uma "dica", que pode ser adicionada às atividades convencionais, para aumentar o gasto energético diário e melhorar a aptidão física!

Prof. Me. Paulo Lague Sehl


No vídeo abaixo são demonstradas algumas variações e técnicas para aprendizagem, que compreendem desde um estágio iniciante até o mais avançado.




E mais...



terça-feira, 10 de janeiro de 2012


Exercício no Calor: 
Estratégias e Recomendações Gerais para o Verão!


Com a chegada do verão, estratégias e recomendações quanto à prática de exercícios realizados no calor são fundamentais. O clima quente e, principalmente quando associado à umidade relativa do ar elevada, leva o organismo a desafios particulares, reduzindo, inúmeras vezes, a capacidade de manter a atividade física. A regulação térmica do corpo humano é dotada de mecanismos fisiológicos protetores, fazendo com que o calor produzido seja dissipado através da evaporação do suor. Isso é fundamental para tentar evitar o aumento da temperatura corporal, mantendo-a em níveis adequados. No entanto, o estresse térmico imposto ao organismo pode resultar em queda de desempenho e inúmeros problemas relacionados ao calor (hipertermia, cãibras, exaustão, náuseas, vômitos e outros), se precauções devidas não forem consideradas.
Durante exercícios físicos, os músculos produzem grande quantidade de energia sob forma de calor. Contudo, determinada quantidade de calor ainda é imposta ao organismo por transferência do meio ambiente. Inevitavelmente, para combater estes desafios, é preciso suar! Entretanto, o volume de suor necessário para dissipar tal quantidade de calor pode resultar em grande perda de água e eletrólitos (sais minerais), desencadeando um processo de desidratação, prejudicial à saúde.
Para aquisição tanto de respostas adequadas ao suor quanto para a minimização de todo o déficit de fluídos corporais, algumas recomendações são importantes:
  • A exposição ao calor deve ser gradual, através de sessões de exercícios mais curtas e menos intensas, propiciando uma adaptação à melhora de desempenho nessas condições climáticas.
  • Roupas leves e soltas auxiliam na evaporação do suor e ajudam a reduzir problemas relacionados ao calor.
  • Beber quantidade moderada de água (cerca de 500 ml), pelo menos 2h antes do exercício, promove uma hidratação adequada com tempo suficiente para a eliminação de seu excesso através da urina.
  • Durante o exercício, a reposição de líquidos deve se aproximar às perdas pela sudorese, devido à variabilidade individual na taxa dessa. Na prática isso pode ser obtido, com proximidade, ingerindo o máximo tolerável em intervalos regulares, mas sem que haja sensação de desconforto gastrointestinal.
  • Para exercícios com duração acima de 1h pode ser recomendada, através de bebidas esportivas, a reposição de quantidades adequadas de eletrólitos, entre os quais o sódio ajuda a reter líquido no organismo, otimizando a recuperação e o balanço eletrolítico.
  • Bebidas esportivas com carboidrato (CHO), em quantidade adequada, além de ajudarem na absorção de água no intestino, fornecem mais energia para os músculos.
  • As bebidas devem ser disponibilizadas com temperatura inferior a do ambiente (~10-15°C) e sabor agradável, facilitando a hidratação.
  • Recomenda-se também, que no pós-exercício a reposição de líquidos deve ser cerca de 150% da massa corporal perdida, contemplando tanto água quanto eletrólitos e CHO, beneficiando a recuperação em atividades de longa duração e/ou alta intensidade.
  • E lembre-se que as frutas, assim como outros alimentos, também contêm água em sua composição, sendo consideradas como estratégias na reposição hídrica.
Matéria publicada na Revista Solto na Vala, 50, 2008, página 163.

Prof. Me. Paulo Lague Sehl
Educador Físico

Palestra sobre Exercício no Calor (fotos abaixo).








domingo, 1 de janeiro de 2012


Treinamento Funcional: uma Modalidade Dinâmica, Inovadora e Desafiadora

O que é? Quem pode praticar? Quem deve instruir?

Treinadores do CORE 360

Trata-se de um Método Organizado, apoiado nos princípios básicos do treinamento físico, que visa aperfeiçoar habilidades específicas diárias. Dessa forma, o Treinamento Funcional é uma estratégia que privilegia, de uma forma geral, diferentes populações: atletas, não-atletas, crianças, idosos e portadores de necessidades especiais. A proposta de resgatar as funções para as quais o corpo humano foi “Desenhado” permite que, através da integração de habilidades/capacidades físicas, o corpo se torne mais Inteligente. No Treinamento Funcional, capacidades físicas como Mobilidade, Força, Potência, Resistência, Velocidade, AgilidadeCoordenação Motora e Equilíbrio podem ser aprimoradas. Entretanto, é  fundamental que essas sejam introduzidas e desenvolvidas por Profissionais Licenciados/Capacitados, com Domínio do Conhecimento Teórico-Prático- Metodológico específico dessa área de atuação – para que bons resultados sejam adquiridos de forma segura – respeitando a individualidade e garantindo a satisfação dos praticantes. Na América do Sul, o sistema de treinamento CORE 360° (foto acima) é um importante e pioneiro Programa de Capacitação Profissional e credenciamento de centros oficiais em Treinamento Funcional.

O Treinamento Funcional também é conhecido como treinamento do Core? 

O treinamento do Core (região Lombo-Pélvica-Quadril) é um dos importantes “pilares” do Treinamento Funcional; entretanto, Treinamento Funcional não se limita ao Treinamento do Core, mas depende desse para aperfeiçoar Padrões de Movimentos. Os movimentos se desenvolvem do Centro (Core) para as Extremidades e, por isso, o Core pode ser considerado como a “Essência” ou “de onde partem” os movimentos eficientes. Quando produzimos força, quando nos equilibramos ou nos movimentamos de maneira acelerada/desacelerada, ativamos os músculos do Core em seus sistemas de estabilização (músculos profundos) e movimentação. Portanto, podemos dizer que a estimulação dos músculos que compõe a região do Core estará presente a cada sessão de treino, do início ao fim? Com certeza.

Porque é uma atividade Inovadora?

Independente dos propósitos pelos quais o Treinamento Funcional é praticado, esse impõe Novos Desafios, permite a Integração de Capacidades Físicas e Acumula uma "Dose de Diversão" a cada sessão de treino; além de trabalhar o Corpo como um Todo, nos seus diferentes Planos de movimentos.


Quais os principais Benefícios? 


Quando aperfeiçoamos os Padrões de Movimentos, consequentemente colocamos nossos corpos em Forma e melhoramos nossa Aptidão Física. A dinâmica acumulativa das sessões de treinos melhoram a Composição corporal (redução de gordura e aumento de massa muscular), o Alinhamento postural e Previnem/Atenuam Lesões. Os desafios propostos, melhoram a Auto-Confiança e o Tempo de Reação. Além disso, o Sistema Motor se torna mais Ágil e Coordenado. Dessa forma, a prática de Treinamento Funcional, além de Melhorar as Atividades Diárias, torna o indivíduo "Mais Equilibrado" em diversos sentidos!

Quais as principais ferramentas utilizadas?

A principal ferramenta a ser utilizada será sempre o Próprio Corpo! Os músculos são ferramentas utilizadas para “puxar”, “empurrar”, “saltar”, “levantar”, “rodar/girar”, “correr” e “mudar de direção”. Para aumentar a dificuldade/complexidade/instabilidade das Tarefas, diversos materiais como Elásticos, Kettlebell, Discos de Equilíbrio, Fit Ball, Bosu, Cordas, Escada de agilidade, Cones, Medicine Ball, Fitas Suspensão e Barreiras são comumente utilizados durante as sessões de treinos.



Entenda que, nessa prática, a Qualidade dos Movimentos é fundamental, seja você um aluno Iniciante ou Avançado; e que, treinando com qualidade, as Recompensas/Benefícios serão Gratificantes! O Treinamento Funcional também se adapta de forma efetiva a todos os programas e objetivos de Treinamentos Convencionais, Otimizando os mesmos!


Observações: Algumas ilustrações podem refletir movimentos avançados e uma equivocada interpretação da modalidade. Importante: O Treinamento Funcional progride do fácil ao difícil, do simples ao complexo, do conhecido ao desconhecido e do estável ao instável. A prescrição é sempre personalizada, respeitando as restrições, as necessidades, os objetivos e o nível de aptidão física de cada indivíduo. 


Prof. Me. Paulo Sehl